Nosso Pomar

Agropecuária Fertilia Ltda foi criada no ano de 1998, sendo uma empresa voltada pro ramo agropecuário, com ênfase em fruticultura, onde a produção de pêssego para a industrialização é o seu principal foco. Na época da implantação do projeto a preocupação principal foi suprir com matéria-prima à Indústria de Conservas Schramm, visto nesse período escassez de pêssegos, em volume e quantidade.

A empresa se localiza na Serra do Sudeste no município de Piratini/RS em uma altitude média de 400m acima do nível do mar. Apresenta ótimas condições climáticas para a produção de pêssego, onde as estações do ano são bem definidas e os solos bem drenados o que justifica a escolha desta região.

Sendo o pessegueiro uma espécie de clima temperado, requer determinadas condições climáticas para se desenvolver e frutificar. Dentro destas o número de horas de frio (temperatura ≤ 7,2°C) é visto como primordial, já que as principais cultivares requerem entre 200 a 400 horas acumuladas de frio durante o período de dormência (outono/inverno), exigência encontrada nessa região do Rio Grande do Sul.

Atualmente, a área ocupada nesse projeto está ao redor de 250 hectares, totalizando aproximadamente 200 mil plantas em diversas fases de desenvolvimento, com capacidade produtiva de mil e oitocentas toneladas, o que faz deste projeto um dos maiores do Brasil.

Para garantir o sabor natural e a qualidade dos nossos produtos, acompanhamos todo processo desde a escolha do plantio até o produto final.

As cultivares escolhidas para a formação dos pomares, foram desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), adaptadas para esta região, de poupa firme e coloração amarela, requisitos agronômicos básicos para o processamento industrial.

Para os plantios foram selecionadas a cv Sensação, precoce (novembro), cv Jade, de maturação mediana (dezembro) e cv Maciel, de maturação mediana / tardia, cultivar esta considerada de dupla finalidade, ou seja, viável também para o consumo “in natura” devido sua coloração, textura e teor de açúcar.

Outra preocupação nas escolhas das cultivares foi a época de maturação onde se classificam em: precoces (maturação em novembro) medianas (maturação em dezembro) e tardias (maturação em janeiro). foi levado em consideração esse escalonamento, visto ser necessário colher e escoar os frutos de forma contínua por um período maior, permitindo assim um processamento na indústria mais homogêneo, evitando excessos e ou falta de matéria-prima ao longo do processo industrial.

Para garantir o sabor natural e a qualidade dos nossos produtos, acompanhamos todo processo desde a escolha do plantio até o produto final.Os tratos culturais mais importantes nos pomares estão relacionados ao solo e as plantas.No solo são realizadas capinas químicas nos pomares adultos, e mecânica nos plantios novos, somente na linha do plantio, ficando a entre linha coberto com vegetação, tendo como objetivo manter a entre linha com vegetação rasteira, evitando erosão.

As adubações são realizadas no final da floração com adubos químicos (NPK) e ou adubos orgânicos, após o raleio é usual fortalecer a adubação com fórmulas que contenham nitrogênio e potássio, com a finalidade de proporcionar melhor desenvolvimento dos frutos, coloração e firmeza de polpa.

Os tratamentos fitossanitários são constantes desde a dormência (período de inverno) até a pós colheita, essas aplicações de defensivos agrícolas têm por objetivo eliminar fungos e insetos prejudiciais à cultura.

As doenças mais comuns na cultura do pessegueiro são: podridão parda (Monelinia frutícola), tafrina (Traphina deformans), antracnose (Glomerella cingulata) e bacteriose (Xanthomonas arborícola) e as principais pragas são: moscas das frutas (anastrepha fraterculus), grafolita (grapholita molesta), gorgulho do milho (sitophilos zeamais), pulgões (brachycaudus scwartzi) e cochonilhas.

A poda do pessegueiro ocorre quando as plantas se encontram dormentes, período de outono/inverno. Essa poda tem por finalidade eliminar ramos velhos, mal inseridos, doentes e também com a finalidade de diminuir os ramos produtivos, permitindo assim uma renovação e o equilíbrio da produtividade ao longo dos anos.

O raleio é um trato cultural de suma importância para o desenvolvimento dos frutos. Essa técnica consiste basicamente em eliminar p excesso de frutinhos, permitindo deixar somente os frutos de bom desenvolvimento que a planta terá condição de sustentar, sendo importante realizá-lo antes do endurecimento da amêndoa. Elimina-se nessa operação os frutos doentes, mal formados, mal inseridos, e outros, evitando assim excessos e garantindo desta forma, uma uniformidade e distribuição na planta, com objetivo de proporcionar frutos de melhor qualidade na colheita.

Trato cultural, realizado antes e durante o raleio, consiste na retirada de ramos vegetativos (ladrões) do interior da planta, facilitando maior entrada de luminosidade, ventilação. Evitando assim que esses ramos retirem dos frutos energia para o seu desenvolvimento.